Dados corrigem a distorção de que a pecuária seria responsável por 50% das emissões de carbono no país Letícia de Oliveira | Brasília (DF)
A Embrapa antecipou um estudo que revela como os pecuaristas podem reduzir as emissões de carbono e ampliar as vendas para mercados exigentes. A apresentação, só para produtores, foi durante a reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina, no Ministério da Agricultura, em Brasília.
Quem viu a apresentação diz que os dados da Embrapa corrigem a distorção de que a pecuária seria responsável por 50% das emissões de carbono no país. A atividade corresponderia à metade das emissões na agricultura - que representa 18% do total brasileiro. A novidade é que, quanto maior o número de cabeças por hectare, menor seria a liberação de poluentes, já que a pastagem recuperada ajuda na absorção dos gases tóxicos.
O estudo inédito - e ainda não detalhado à imprensa - deu um novo ânimo aos procuradores. Além de melhorar a imagem da produção brasileira no mercado internacional, os dados vão servir de argumento para o pedido de abertura de uma nova linha de crédito que permita ao produtor alcançar os padrões de sustentabilidade.
– É preciso que a gente tenha também um financiamento para compra de bezerros, compra de boi magro, para que o produtor tenha a condição de ter um número maior de animais por hectare – diz o presidente da Câmara Setorial da Carne Bovina, Antenor Nogueira.
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